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Simplesmente Beatriz

Wednesday, July 11, 2007

QUERO MATAR OS MEUS FANTASMAS

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Quero matar os meus fantasmas.
Mas como faze-lo se são eles que me dão a medida de quem sou.
Quero ser somente Beatriz, despida de pre-nomes ou sobrenomes.
Sem o peso social, familiar.
Simplesmente Beatriz
Que, como a Lua tem suas fases.
retraída, tímida em atos,
borbulhantes em sentimentos em desejos.
Quero matar os meus fantasmas.
Para não ter medo de ser quem sou
Enfrentar massacres estéticos vigentes
Quero matar os meus fantasmas
E não ser ferida por julgamentos injustos
Sem medo de opiniões estéreis., sem alma.
Quero ser pensante,
Operar limpezas
De tudo que não serve mais.
Farei um pacto com meus fantasmas
Eles darão o contributo do alarme. Mas não serão o fio da navalha.
Estou cheia de idéias, animada, falante,borbulhante em Lua cheia.
Pratica, realizadora.
Silenciosa aluna, das dores e alegrias da vida,
Mas sei ser arrasadora em maré alta
Afinal sou de fases,como a Lua.
Beatriz Abrantes

Tuesday, July 03, 2007

Redesenhar-me em rascunhos.



Com muito prazer quero compartilhar com todos este texto da menina Sara que eu admiro e considero uma das almas mais sábias e e sensíveis com as quais já me deparei na vida.

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Liberdade para enfrentar a vida...

Quererei eu tal liberdade?

Ou será antes, um esboço de liberdade?

Um rascunho de emoções?

Sim... obviamente que sim...

Quero ter liberdade...

Ou um esboço de liberdade, ou até mesmo desfrutar apenas de um rascunho de liberdade, de emoção…

Para sentir…

Para cheirar...

Para saborear...

Para ouvir...

Para viver...

Se isso implicar o uso da borracha para reiniciar um novo esboço

Então regressarei à minha caixa dos sentidos, para obter de novo, um desenho da minha vida...

Um novo desenho...Com um novo sentir...

A verdade?

A verdade é que cada desenho que faço, se torna melhor que o outro...

A verdade é que cada novo desenho é suportado por novas experiências, novas formas, novas personagens, novas sensações...

A verdade é que cada novo desenho transporta um novo autor... pois também eu que concebo novos esboços de vida aos indivíduos que me habitam, sou diferente por cada nova criação...

A verdade é que com cada traço fica um pedaço de mim...

Por cada traço um pouco da minha pele se renova...

Por cada traço uma nova rebeldia se cria...

Por cada traço uma sensação de liberdade...

Embora jamais me liberte de alguma correntes que me algemam...

Embora alguns suspiros se mantenham presos por um fio milimétrico, mas tão forte como o aço...

Embora tudo... Embora nada...

Quero apenas continuar a deixar partes de mim em cada traço....

E a renascer por cada esboço... por cada desenho, por cada pintura, por cada imagem, por cada obra individual...

Quero apenas continuar a desencobrir o que se mantém envolto de interrogações cúmplices… Quero apenas sentir e acreditar…


SaraC.Rodrigues